Nos últimos dias, muito se tem discutido a cerca do preço do dólar, em função da depreciação do real. Foi noticiado em muitos jornais análises apontando que a cotação atingida pelo dólar bateu o recorde histórico desde o lançamento do plano real. O pico da série até então tinha registro de outubro de 2002.
Em meio as discussões, alguns jornais defendem que a cotação era realmente a maior da série, enquanto outros apontam que a maior continuava a ser a registrada em 2002, justificando que a cotação deveria ser deflacionada.
Mas, quem está certo?
O câmbio precisa ser deflacionado para uma análise de seu valor real, como acontece com o PIB?
Precisa-se realizar algumas observações. A taxa de câmbio é o preço da moeda, como qualquer outro produto. Desde 1999 o câmbio brasileiro é flutuante, o que implica um ajuste automático, sem intervenções do Banco Central, comprando ou vendendo moeda. Mas sabe-se que essa regra não é seguida à risca, o que levou ao apelido de "flutuação suja", já que o BACEN intervém em alguns momentos, dentre vários motivos, para reduzir a volatilidade.
Ao se tratar apenas de valores nominais, o câmbio atual é realmente o maior da história!
Mas ao se analisar o valor real, o que é mais complexo, é necessário se levar em conta o câmbio nominal e o índice de preços, de ambos os países em análise. Como é exposto na fórmula de câmbio real abaixo:
Onde,
e = Taxa de câmbio real
E = Taxa de câmbio nominal
P*= Índice de preços do resto do mundo
P = Índice de preços doméstico
Porém, sabe-se que existem inúmeros índices de preços, tanto internos quanto externos, o que torna uma análise sem parâmetros bem definidos em algo aleatório. Devido a essa complexidade, os jornais e meios de comunicação se restringem a análise do câmbio nominal.
Mas é importante observar que, quando se realiza comparações no tempo, utilizando apenas o câmbio nominal, é sabido que se está sujeito a uma análise equivocada e errônea.
Mas ao se analisar o valor real, o que é mais complexo, é necessário se levar em conta o câmbio nominal e o índice de preços, de ambos os países em análise. Como é exposto na fórmula de câmbio real abaixo:
e = E (P* / P)
Onde,
e = Taxa de câmbio real
E = Taxa de câmbio nominal
P*= Índice de preços do resto do mundo
P = Índice de preços doméstico
Porém, sabe-se que existem inúmeros índices de preços, tanto internos quanto externos, o que torna uma análise sem parâmetros bem definidos em algo aleatório. Devido a essa complexidade, os jornais e meios de comunicação se restringem a análise do câmbio nominal.
Mas é importante observar que, quando se realiza comparações no tempo, utilizando apenas o câmbio nominal, é sabido que se está sujeito a uma análise equivocada e errônea.
0 comentários:
Postar um comentário